Segundo a Constituição Brasileira a Educação é um dever do estado e da famíla (produto da perfeitamente comercializável da iniciativa privada) e direito de todos. Segundo o dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira é (em resumo):
Conhecemos desde pequenos que quando a campainha tocava deixávamos de pensar, por exemplo, em português para pensar em matemática. Ao próximo sinal, deixávamos de pensar em matemática para pensar em história. E assim com as demais disciplinas de caratér comum nacional e as demais disciplina: Língua Estrangeira, por exemplo.
Já diria Rubem Alves, autor de "Fomos maus alunos" em parceria com Gilberto Dimenstein, que quem inventou a Grade Curricular foi um carcereiro.
Já que citamos Rubem Alves, sua proposta para a Educação é bem interessante. Ele acredita que a instituição escolar não deveria ter esse caráter formal, como a base comum nacional. Essa base comum é uma proposta interessante, pois permite a todos o mesmo conhecimento, mas é totalmente dependente do profissional específico de cada uma delas em seu desenvolvimento. E o que interessará para um futuro profissional de Educação Física saber sobre genes dominantes e recessivos? Ou a fórmula de Bháskara? Esse autor defende a "regionalidade" de um currículo escolar. Uma série de conteúdos que as crianças utilizem em seu dia-a-dia, que as auxilie a ganhar tempo para desenvolvê-los enquanto criança e não somente no ensino técnico ou no ensino superior.
O ser humano já desenvolveu conhecimento demais para que todos saibam de tudo já desenvolvido para depois trabalhar com o conhecimento contemporâneo. Essa proposta abrange o conhecimento regional para, futuramente, ensinar-se o específico.
Na Escola da Ponte, em Portugal (uma proposta de escola sem professores, avaliações, nota, entre outros fatores coercitivos e muito chatos), os alunos desenvolvem um tema de interesse comum. Se eles querem aprender português, um professor lhe propõe uma linha de raciocínio e lhes dá um prazo para pesquisarem o tema. Depois esse tema é discutido e ao final de um período, o conhecimento dos alunos é testado mediante a uma avaliação qualitativa (não quantitativa). Se o aluno se sente apto a continuar, ele prossegue com outros estudos, caso não, retoma a pesquisa.
Se a educação no Brasil não fosse vista como um "produto", ela poderia ser como a Escola da Ponte, uma escola sem preocupações com a quantidade (pois todo o conhecimento do ser humano já está arquivado e documentado, basta ser consultado), e sim com a quailidade, com a real formação do indivíduo por trás da práxis.
Como expressa o projeto da Escola da Ponte: "Cada ser humano é único e irrepetível, a experiência de escolarização e o trajecto de desenvolvimento de cada aluno são também únicos e irrepetíveis."
Para aqueles que se sentirem interessados, aqui está o site da
Escola e seu
Projeto (clique no nome para abrir a página virtual ou o .pdf).